Engenheiro de Cuiabá é alvo da PF por fraudes milionárias em financiamentos da Caixa: veja quem é ele

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O engenheiro civil Rodrigo Junior Hoffmann Rosa, conhecido nas redes sociais como Rodrigo Hoffmann, é um dos principais alvos da Operação Agloe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (4) em Cuiabá (MT), Barcarena (PA), Luís Eduardo Magalhães (BA) e Brasília (DF). A ação tem como objetivo desarticular um esquema de fraudes milionárias em financiamentos e empréstimos da Caixa Econômica Federal.

De acordo com a PF, o grupo criminoso teria causado um prejuízo superior a R$ 45 milhões à instituição financeira por meio de documentos falsos de comprovação de renda, uso de laranjas e simulações de crédito habitacional para desvio de recursos.

A investigação começou após a Caixa identificar inconsistências em contratos imobiliários, que tinham em comum a assinatura técnica de um mesmo engenheiro Rodrigo Hoffmann. Ele se apresentava nas redes sociais como especialista em financiamentos habitacionais e investimentos no mercado imobiliário, chegando a oferecer mentorias e cursos on-line sobre o tema.

Atuação profissional e empresas ligadas

Formado em Engenharia Civil pela Universidade de Cuiabá (UNIC), Hoffmann também possui pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pelo Instituto Mato-Grossense de Pós-Graduação (IMP). Ele aparece como sócio em várias empresas do ramo da construção civil, entre elas:

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Rodrigo Júnior Construtora e Incorporadora Ltda.

Hoffmann & Milani Arquitetura e Engenharia Ltda.

Prime Build Construtora e Incorporadora Ltda.

Engenharia do Financiamento Ltda.

Fortuna Negócios, Comércio e Serviços Financeiros Ltda.

Nas redes sociais, o engenheiro acumula 28 mil seguidores, com postagens sobre construção de casas, crédito imobiliário e incorporação, além de dicas para financiar imóveis sem capital próprio — método que, segundo a PF, era o ponto de partida das fraudes.

Como funcionava o esquema

As apurações apontam que o grupo utilizava documentos falsos para comprovar renda e obter créditos habitacionais irregulares. Parte dos contratos era feita em nome de terceiros (“laranjas”), que posteriormente transferiam os valores ou imóveis a pessoas ligadas à organização.

Além disso, houve triangulação de empréstimos e pagamento de boletos simulados para dar aparência de legalidade às operações. O esquema acabou desvirtuando políticas públicas de habitação, segundo a PF.

A Operação Agloe

Durante o cumprimento dos mandados, 50 policiais federais participaram da ação, que executou 17 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e sequestro de bens de 84 pessoas físicas e jurídicas.

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A Polícia Federal em Mato Grosso coordena as investigações, com apoio da Caixa Econômica Federal, e mantém o canal Comunica PF  disponível pelo número (65) 99218-6164 e e-mail cs.srmt@pf.gov.br
para o recebimento de denúncias e informações sobre o caso.

O outro lado

A reportagem tentou contato com Rodrigo Hoffmann para obter posicionamento sobre as investigações, mas até o fechamento desta edição ele não se pronunciou publicamente.

Fonte: Folha 360
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